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A Mulher - Espírito Bisão Branco

Uma Visão Junguiana...

Gostaria de mostrar como somos na realidade, como um espelho que reflete nossas atitudes, nosso comportamento, e mostrar as forças psicológicas que agem em nós de forma autônoma nos deixando num dilema muitas vezes. Ela nos fala daquilo que é, mas, não nos diz como devemos agir. Assim, um mito ou um sonho nos permitem ver como somos na realidade e, frequentemente nos dão uma solução para o dilema.

Há um belíssimo conto mítico da nação Oglala dos Sioux, recontado pelo seu grande feiticeiro Alce Negro – a história da Mulher – Espírito Bisão Branco. Este é o relato de como uma mulher divina trouxe o primeiro cachimbo sagrado para os indios Oglalas da nação Sioux.

Há muito tempo, dizem, dois batedores indios saíram à caça de bisões; ao chegarem no topo de uma colina, olharam para  norte e viram algo surgindo de muito longe, e quando chegou mais perto exclamaram: “É uma mulher!” E era.
Então, um dos batedores, por ser jovem e parvo, teve maus pensamentos e os expressou em voz alta; mas, o outro que era sábio replicou: “É uma mulher sagrada; livre-se de todos os maus pensamentos.”

Quando ela chegou ainda mais perto, puderam notar que usava uma bela roupa de camurça branca, que os seus cabelos eram muito longos e que era jovem e muito bonita. Ela lia seus pensamentos, e disse numa voz que mais parecia um canto:

“Voce não me conhece, mas se quer fazer o que está pensando, pode vir. E o jovem parvo foi, mas assim que parou diante dela, uma nuvem branca os envolveu. A bela jovem saiu da nuvem branca e, quando ela se dissipou, tudo o que havia restado do jovem parvo era um esqueleto coberto de vermes. Então a mulher disse ao que não era parvo: “Volte para casa  e avise ao seu povo que estou chegando, e por isso devem construir uma grande tenda para mim no centro da sua nação.” E o indio, apavorado, correu e avisou aos demais, que fizeram imediatamente o que ela mandara; e esperaram a mulher em volta da tenda.

Depois de um certo tempo, ela veio, muito bonita, cantando os seguintes versos, enquanto entrava na tenda:

Com hálito visível estou caminhando.
Envio minha voz enquanto caminho.
De forma sagrada estou caminhando.
Minhas pegadas são visíveis quando estou caminhando.
De forma sagrada caminho.

E enquanto cantava, de sua boca saía uma nuvem branca que exalava um suave perfume. Em seguida ela deu ao chefe da tribo um cachimbo entalhado em um dos lados com a figura de um filhote de bisão – para simbolizar  a nova terra que nos sustenta e nos dá alimentos – e, pendendo do cabo, doze penas de águia branca, amarradas com uma fibra que jamais se rompe, para simbolizar o céu e as doze luas.  Disse ela: “ouçam, com isto vocês se multiplicarão e serão uma nação justa, e sempre terão coisas boas. Somente as mãos dos bons devem cuidar dele, e os maus sequer podem por-lhes os olhos.” Ela cantou novamente e deixou a tenda e, enquanto o povo a via partir, sua figura transformou-se num bisão branco que se afastou a galope, resfolegando, e logo desapareceu.

É isso o que contam, e se aconteceu, não sei; mas, pensando bem, pode-se ver que é verdade.

               Neihardt, John G.Black Elk Speaks. New York: William Morrow, 1932; New York: Simon & Schuster, 1972.

Aqui temos a essência do que tento dizer na Gênese Yorubá, através do Ìtàn igbà-ndá àiyé, em linguagem mítica. Na diferença de atitudes entre os dois batedores, o parvo e o sábio, vemos as duas abordagens do homem com relação à sua alma, - anima, e os resultados decorrentes de cada uma delas. Já que não podemos evitá-la, pois ela vem ao nosso encontro em meio às nossas atividade normais, mudando o rumo de nossa vida comum, quando menos esperamos por um “visitante do outro mundo”. Mas, a forma como a tratamos é que vai determinar a diferença entre a bem-aventurança e a des-graça (destituição da graça), que é de graça! Aí, a destruição se segue como consequência.

Por que isso? Porque a anima é uma mulher sagrada, e a nossa disposição em tratá-la, ou não, como um ser sagrado é que faz toda a diferença. No ser masculino, a sua alma traz através da sua psique uma característica feminina que Carl Gustav Jung denominou anima.
Este ser sagrado feminino e interior que projetamos é a “Mulher-Espírito”, como na “Mulher-Bisão Branco, um ser do outro mundo, pois pertence ao nosso inconsciente. Se formos como o batedor sábio, diremos: “É uma mulher sagrada; livre-se de todos os maus pensamentos.” Quando a tratamos como um ser sagrado, ela nos traz um cachimbo sagrado, traz o céu e as doze luas e, nos ajuda a conhecer o outro mundo em nós. Porém, se a tratarmos como fez o batedor parvo, tentando transformá-la num ser físico, projetando-a num ser exterior, perdemos o que ela tem de sagrado, com o agravante de perdermos o que ela tem prá nos dar.

O grande problema, é o livre arbítrio que ela nos dá, permitindo encará-la como quisermos – como parvos ou como sábios.

Ela diz: “Voce não me conhece, mas se quiser fazer o que está pensando, pode vir.” Se pensares errado, pagarás um alto preço; o preço por deixar de tratá-la como um ser sagrado, como uma entidade do seu mundo interior. Perderás  o outro mundo, mas também a vida humana, enquanto a estamos vivendo. O que se vê, é um ser que inflacionou durante um tempo valores externos e pessoas como se fossem sagrados; a medida que não correspondem mais as expectativas que nos faziam felizes, deixam-nos um rastro de depressão e descaso por nós mesmos e pela vida e  os seus valores conquistados.

É a crise de sentido que a vida nos tira derrepente, gerando a famosa depressão. É o significado do esqueleto do batedor parvo comido pelos vermes, jogado aos seus pés.

Uns, “jogam a toalha”, outros, lutam da forma equivocada, transferindo para outra pessoa ou outro bem a ser conquistado; tem alguns, que por não ficarem com o “orgulho ferido” e não ficarem arrogantes, descobrem que “o leite derramou” e, que só resta limpar e tomar o cuidado doravante para não “trocar alhos por bugalhos”.  Estes, irão amadurecer com esta “queda”.

Passamos parte de nossa vida sentindo falta de algo, procurando não sabemos o quê. Tantas das nossas “pretensas metas”, tantas das coisas que pensamos querer, acabam tempos após revelando-nos máscaras, atrás das quais ocultamos nossos verdadeiros e singelos desejos; elas são símbolos para os verdadeiros valores e qualidades que almejamos. Só que reduzimos esses valores a coisas físicas e materiais. Nem mesmo a uma pessoa, se são qualidades psicológicas: amor, verdade, zelo, honestidade, lealdade, utilidade,- algo que podemos sentir que é nobre em nós, precioso e que merece o nosso zelo e atenção. Tentamos reduzir tudo isso ao plano físico – casa, carro, um emprego melhor, um cargo mais valoroso, ou um outro ser humano – mas não dá certo. Sem saber estamos em busca do sagrado, só que ele não é redutível a nada. Ele é sentimento, um sentimento que vai direto ao âmago da vida, que dá significado verdadeiro a vida mesquinha e rotineira que levamos, para colocarmos uma nova perspectiva nas nossas batalhas pessoais. É o sentimento de reverência que precisamos resgatar e considerar doravante. O que chamamos de sagrado é, em última instância, um universo de paradigmas que usamos para avaliar nossos progressos, esforços pessoais, nossa vida, nosso trabalho, prá ver se neles também existe significado.

Segundo Jung, a psique masculina, a descoberta do sagrado, essa comunhão, dá-se por meio do feminino, como no caso de Obàtálà com Odùdúwá, seu interior e contra-parte. É a Mulher-Bisão Branco deste conto, que traz o sagrado à vida, a visão do céu e as doze luas.

Parece que nunca saímos direta ou conscientemente à procura do lado sagrado da vida. Estamos carentes ainda em sermos servidos pelo sagrado e, não sabemos ainda como servir ao sagrado com a reverência  necessária.  Como os dois batedores índios, vagamos por nossos velhos territórios de caça, a cata apenas do rotineiro e do conhecido. De repente, nos deparamos com uma parte desconhecida de nós mesmos: “ela vem chegando, usando roupas de carmurça branca; e quando fala, sua voz assemelha-se a um canto.” A princípio ficamos confusos: sua imagem é de mulher e queremos crer que é possível nos aproximarmos dela como se fosse uma mulher. É difícil  acreditar que não seja uma mulher de carne e osso, mas sim uma força metafísica tão poderosa que não ousamos tocá-la fisicamente.

Essa é a realidade que o sagrado nos apresenta, é assim que o sagrado se torna uma “pessoa” e nos fala com voz singular. Isto é a anima. Este lado de nós mesmos se manifesta em sonhos de aventuras intensamente desejadas, em tiunfos que quase podemos saborear, em seres cheios de luz que encontramos pelos corredores de nossa mente e seu reino fabuloso. Sem a interferência do raciocínio lógico e do pensamento, nossos sentimentos nos empurram para o outro lado desconhecido de nós mesmos, onde cada imagem vibra com a promessa de uma extraordinária experiência transcendental, rica de significado e plenitude.

Tudo isso se converge para um ser interior e nele se concentra; a Mulher-Bisão Branco chega aos dois batedores índios como uma visitante de um mundo maior, fora do campo da visão do ego, de suas abalizadas opiniões, de suas noções de “realidade.” A realidade aqui é tão maior, tão repleta de significados e de potencial para ampliar a nossa vida e dar-lhe significado, tirando-nos da mesmice, que o inconsciente nos diz: “Isto é sagrado; isto é o que deve ser tratado como sagrado.”
A Mulher-Bisão Branco canta: “Com hálito visível estou caminhando. Envio minha voz enquanto caminho.”

Hálito, sopro, vento, são símbolos muito antigos da vida e do espírito. Para os povos antigos, o sopro – a respiração, o hálito – era uma substância de Deus; o sopro dado pelo Criador Òlorun, denominado èmì, está presente na mitologia Yorubá e representa o momento em que a vida penetra no ser récem-formado por Obátálà. É a centelha da energa divina emprestada à carne, durante o período de tempo na terra: sopro da vida.
Quando a Mulher-Bisão Branco caminha com hálito “visível”, ela materializa o lado da vida a que chamamos de “espiritual”. Ela manifesta o invisível em visível, - transformando-o.

Quando tratamos a Mulher-Bisão Branco como sendo a nossa alma, manifesta em nossa psique, ela tem o poder de transformar o “sagrado” num conhecimento instantâneo, direto e consciente. Isso, nos propicia corrigir, criar e estabelecer caminhos criativos para o nosso cotidiano rotineiro. Ela diz: “ Minhas pegadas são visíveis quando estou caminhando.” Ela, apezar de não ser física, pois ela é Psiquê, Pneuma, um ser etéreo, e, ainda assim, suas pegadas podem ser vistas; tanto na destruição como na solução de nossas vidas. O mundo do espírito se faz instantâneo e palpável através desta experiênca simbólica.

Assim, ela tem o poder de nos dar a fé psicológca:
...a fé originada da psique, que se apresenta como fé na realidade da alma, que vive no inconsciente.

Como a psique é fundamentalmente imagem, e imagem é sempre psique, essa fé se manifesta pela crença em imagens... Observe que os antigos estavam absolutamente certos!

A fé psicológica começa no amor e na reverência pelas imagens, e flui principalmente por meio das formas humanas em sonhos, fantasias, imaginação e reflexões. Sua crescente vivificação nos dá à princípio uma convicção de ter – e depois, de ser – uma realidade interior de profundo significado que não mais se identifica com posses físicas, transcendendo a vida pessoal. Nos primitivos, a fé psicológica dava crédito às imagens e, a elas recorria em sua cegueira. Assim podemos ver que a fé psicológica e a fé espiritual cruzam-se num nível mais profundo. Nos primórdios do Cristianismo Primitivo, os cristãos sabiam que “a fé é a substância das coisas que tanto esperamos, a evidência das coisas não visíveis”. Encontramos assim a fé nos símbolos numinosos, divinos, fluindo da alma, através da psique para o consciente, sendo então possível perceber a substância daquilo que esperamos, daquilo que sonhamos, daquilo que vive dentro de nós, além dos limites da esfera física.

É a anima – a Mulher-Bisão Branco – que traz à consciência as provas da realidade não visível ao mundo físico. Buscamos o reino do espírito no amor romântico, no sexo, na posse física das coisas, nos seres humanos e nas drogas, mas esse reino não está lá. Ele só é encontrado por meio da alma.

O cachimbo sagrado é o poder que possibilita o contato com o “outro mundo”, pois consideramos sua imagem sagrada, e com ele nos relacionamos com a reverência que o poder do seu significado sagrado manifesta. Este poder consiste no uso consciente do simbolismo, pois é pela experiência simbólica que inalamos a fumaça sagrada do cachimbo, com seus deuses sagrados do mundo arquetípico da alma.

Pelas doze penas de águia, representando o céu e as doze luas, nos é dado o poder de conhecer a totalidade da vida infinita e finita, do espírito e da matéria, do sagrado e do prosáico.  O doze sempre está representado pelo tres do ordenado, finito e cíclico, a experiência prática do dia-a-dia. O quatro simboliza o mundo infinito da alma, onde vislumbramos a visão arquetípica e sem limites, a totalidade cósmica. Ele combina estes dois lados da natureza humana numa síntese: céu e terra, material e espiritual, o mundo comum e o “outro mundo”. Este é o simbolismo dos doze apóstolos que rodeam Cristo em Jesus, num círculo perfeito da mandala cristã, das doze luas do ano solar e, dos doze sígnos do zodíaco.

De um lado do cachimbo sagrado está entalhado um filhote de bisão, lembrando-nos que a terra e a vida humana doravante renascem incluídas nesta síntese com o sagrado, quando nos aproximamos da Senhora Mulher-Bisão Branco com sabedoria.
Observe que o ser Cristico encarna no humano Jesus, totalizando numa síntese as duas naturezas sagradas doravante.

Talvez a lição mais importante que o batedor sábio nos ensina, é que a condição de sagrado consiste não apenas no que existe no mundo interior de nossa alma, mas também na atitude que adotamos em relação a ele. Algo é feito sagrado não apenas porque o é em si mesmo, mas pela nossa atitude com relação a ele.  Ao tratá-lo como tal, incorporamos o seu poder.

O grande poder da Mulher-Bisão Branco é manifestado para todos da tribo, somente porque o batedor sábio reconhece que ela é sagrada e lhe confere o devido respeito.

Para que a anima nos confira seus dons, ela depende de alguém, do ego de um indivíduo que abra os olhos para reconhecer os elementos sagrados que ela carrega.

Se o batedor sábio tivesse seguido o caminho do parvo, certamente haveria mais de um esqueleto cheio de vermes aos seus pés. O “outro mundo” não teria desvelado à nação, nenhuma grande tenda teria sido erguida no meio do povo, não haveria o cachimbo sagrado para conclamar a Nação do Trovão e obter a sua ajuda.

Psicologicamente, a característica do sagrado consiste num duplo fluxo de energia: parte é o desvelamento do mundo interior para o ego, parte é a reverênca do ego em relação ao mundo interior dos arquétipos.

Quando nosso ego é capaz de reverenciar e quando respeito e admiração fluem de dentro de nós, somente neste instante é que alguma coisa pode ser “sagrada” para nós.
A maioria das pessoas comporta-se mais como batedor parvo, pois a nossa civilização irreverente em sua maioria, nos ensina desde a infância que nada é sagrado, que tudo que vale a pena possuir é de ordem física ou conceitual. Já o batedor sábio sabe que está diante de algo muito além  de sua experiência, algo que não pode se lidar com as costumeiras artimanhas do ego. Ele sente o sagrado naquela mulher, age então com reverência e adverte o batedor parvo: “É uma mulher sagrada; livre-se de todos os maus pensamentos.”

O que o sábio quer dizer quando afirma: “Livre-se de todos os maus pensamentos?” O que faz com que sejam “maus”? Não é por serem ligados a sexo. Os índios norte-americanos – diferentemente de nós – não tinham a tradição cristã do puritanismo, não denegriam o que se relacionava ao físico e ao sexo. O problema é bem mais sutil. O batedor parvo está tentando encontrar no lado sexual da vida algo que não pode estar lá; está tentando transformar a Mulher-Espírito Bisão Branco em algo físico, tentando apreendê-la por meio de um contato físico. Em termos psicológicos, ele está tentando torná-la física, projetando-a numa mulher física e exterior. Os resultados são sempre desastrosos quando fazemos essa projeção: ao invés da benevolente e auspiciosa Mulher-Bisão Branco, ele se defronta com Kali, a Deusa da Morte, que o reduz a um monte de ossos descarnados e cheios de vermes no chão.

Se existe algo que possa ser considerado uma blasfêmia psicológica, é a tentativa de converter o sagrado em alguma outra coisa; é tentar tranformar o sagrado em “brasa” para a “sardinha” do ego. Sexo, “imoralidade”, não é isso  que constitui um pecado psicológico, mas sim, dizer que uma coisa é o que realmente não é, tratando-a como se fosse diferente do que é, fazendo de conta que se faz uma coisa, quando se está fazendo outra. Tentar reduzir algo sagrado a um acessório para o mundo do ego.

A Mulher Espírito-Bisão Branco nos dá uma intrução: “Volte prá tribo e avise seu povo que estou chegando, e por isso devem construir uma grande tenda para mim no meio da nação.”

Construir para ela uma tenda no meio da nação significa abrir um espaço para a anima e um lugar para o sagrado, bem no meio de nossa vida. Significa dedicar tempo e energia para vivenciar a psique, explorar nossa consciência, descobrir quem somos e o que somos quando não somos só este ego. Para um ser ocidental conteporâneo, a primeira coisa necessária é reconhecer que o mundo sagrado existe. Ele precisa considerar que por traz da sua fantasia sobre a mulher “perfeita”, o modo de vida “perfeito”, o relacionamento “perfeito” e o trabalho “perfeito”, que ele está em busca de algo fora desse mundo dos fenômenos, ele está em busca do “seu sagrado”, que habita através da sua psique em sua alma, no seu inconsciente, - logo, não é material e nem física. Ele precisa gastar tempo e energia aprendendo a vivenciar essas energias que se manifestam por símbolos, sonhos ou fantasias – como realidades interiores dele mesmo. É exatamente isso que significa aceitar a Mulher-Bisão Branco tal como ela é, como Mulher-Espírito, e preparar para ela um lugar no centro da nação.

Ela vem caminhando com hálito visível, com pegadas visíveis, caminhando de forma sagrada. Ela virá a nós, se prepararmos para ela uma morada sacra, se abrirmos nossos olhos e a virmos tal qual ela é. Observe porém, que sua verdadeira morada é feita da matéria de nossas atitudes para com ela, do nosso sentimento de reverência.
O local que preparamos é dentro de nós; se ela realmente vai morar conosco, precisa ser lá.

Robert A. Johnson

Obs: coloco alguns grifos ao fazer uma analogia com a Gênese Yorubá que escreví em 2002 dando o seguinte título: Obàtálà & Odùdúwà – A Gênese Yorubá – Caminho de Individuação e Integralidade.

Este material encontra-se no http://www.scribd.com



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