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Que pena!...

O conto do acusado por Peter Rollins



Num mundo onde seguir a Cristo é decretado ser uma atividade subversiva e ilegal, você foi acusado de ser um crente, preso e arrastado perante a uma corte para ser julgado.



Você foi subemtido à uma fiscalização clandestina por um bom tempo onde a promotoria adquiriu evidências suficiente para construir um caso contra você. Eles começam o julgamento oferecendo ao Juiz uma quantidade consideravel de fotografias que mostam você atendendo reuniões de uma igreja, atendendo eventos religiosos e participando de vários cultos de adoração e oração.



Depois disso eles apresentam muitos livros que te pertencem, CDs gospel, e outros artefatos cristãos. Então numa jogada sagaz e contundente eles mostram muitos documentos com poemas, prosas, e um diário com anotações suas que você diligentemente e devotadamente compôs. Finalmente eles apresentam sua bíblia para o Juiz. O livro sagrado contem anotações, marcações, passagens sublinhadas por quase todas as páginas, evidência que se ainda fosse necessária, de que leu, re-leu o texto sagrado muitas e muitas vezes.


Durante todo o processo você manteve-se em silêncio em temor e tremor. Você sabe dentro em seu coração que pela quantidade de evidência apresentada pela acusação a sua condenação e a possibilidade de ser preso e até mesmo executado é quase certa.



Vários momentos durante o processo você perdeu toda a confiança e esteve na beira de levantar e negar a Cristo, mas embora tal pensamente o perseguiu durante o julgamento você resistiu a tentação e permaneceu focado.



Após a promotoria terminar a apresentação do seu caso o juiz lhe dirigiu a palavra perguntando se havia algo que desejava adicionar, mas você manteve-se resoluto e silente, terrificado com a possibilidade de que abrindo sua boca, inda que por um breve momento, você negaria as acusações feitas contra você, portanto como Cristo, você pemaneceu em silêncio diante dos seus acusadores.



Em resposta a sua recusa em se defender, você é conduzido para fora da corte para aguardar o parecer do juiz.



As horas passam vagarosamente enquanto você senta sob a vigilância da guarda esperando ser chamado de volta para a côrte. Eventualmente um jovem em uniforme aparece e te conduz de volta para o tribunal afim de que seu veredito seja pronunciado e sua sentença deferida. Uma vez sentado de volta ao banco dos réus, um homem áspero e inflexível se pôe à sua frente, olha profundamente em seus olhos e começa a falar :



Diante da acusação apresentada pela promotoria eu declaro você INOCENTE.




Inocente? Seu coração congela. Então, num segundo, o medo e o terror que a tão pouco tempo atrás o ameaçava de violentar sua resolução são engolidos por um sentimento de confusão e revolta.




A despeito do ambiente, você toma uma postura desafiadora diante do juiz e demanda que lhe dê uma explicação do seu veredito à luz das evidências apresentadas.



“Que evidências?” Ele responde surpreso. “ Os poemas e prosas que escrevi”, você retorna.” Eles simplesmente mostram que você se vê como um poeta, nada mais."



“ E quanto aos cultos em que falei, das vezes que emocionado chorei na igreja, e as longas horas noturnas de orações em vigílias noite a dentro ?


“Estas coisas apenas evidenciam que você é um ator disciplinado e um excelente orador, nada mais. É óbvio que você consegue ludibriar todos ao seu redor, e talvez em alguns momentos consiga até mesmo ludibriar a si mesmo, mas, tal absurdo não é suficiente para condena-lo num tribunal de justiça.”



“ Mas isso é insano!” você grita.” Me parece que nenhuma evidência seria o suficiente para convencê-lo!”


“Na verdade está enganado!” responde o juiz como se estivesse informando-lhe um grande e esquecido segredo.



“ Esta corte é indiferente à sua leitura bíblica e frequência à sua igreja, não se concerne com seus hábitos de adoração ou palavras escritas por sua caneta. Continue desenvolvendo sua teologia e pintando suas imagens de amor. Não temos o menor interesse por tais manifestações artísticas produzidas por alguém que dispende seu tempo criando imagens de um mundo melhor. Existimos tão somente para aqueles que largando mão de suas canetas, palhetas e pincéis, abandonando suas próprias vidas em uma maneira parecida com Cristo, se poriam a criar um mundo melhor e real. Então, até que você viva como Cristo e seus seguidores, até que você desafie o sistema e se torne um tropeço no nosso caminho, até que morra para si mesmo e ofereça seu corpo à chamas, até então, meu amigo, você não é nosso inimigo.”

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