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Mostrando postagens de agosto, 2013

REDE...

 Não é à toa que a ex-senadora Marina Silva aparece nas pesquisas de opinião como uma possível adversária direta da presidente Dilma na eleição de 2014, podendo chegar ao segundo turno e até vencer. Ao se recusar a prosseguir no jogo partidário que estava montado em 2010, mesmo depois de ter recebido quase 20 milhões de votos na eleição presidencial, ela estava antevendo esse movimento autônomo das ruas que rejeita as formas tradicionais de fazer política que dominam até mesmo o Partido Verde, que ela tentou levar para o caminho original e não conseguiu. Também não foi um acaso ela chamar seu novo partido de REDE, foi por estar conectada com essa nova onda de movimentos sociais em rede, que o sociólogo Manuel Castells, talvez o maior estudioso desse fenômeno, chama de autocomunicação de massas, “plataforma tecnológica da cultura da autonomia”. Em seu novo livro “Redes de Indignação e Esperança”, lançado no Brasil pela editora Zahar, Castells diz que a partir dessa autonomia, as c

Exê ê, Babà!.. Ê epa Babà!

 Comedor-de-inhame-pilado Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma gran de paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido. Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilad o", e assim passou a ser chamado. Awoledjê, seu companheiro, era babalaô, um grande advinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande;

No telhado é mais criativo!...

Sexo de crente: Entre quatro paredes vale tudo? Dani Marques Esta é uma pergunta que assombra muitos cristãos. "Isso pode? Isso não pode? É permitido por Deus?". No geral, a religião acaba limitando a vida sexual do cristão, infelizmente, mas não podemos generalizar. Existem casais cristãos que vivem uma vida sexual livre e satisfatória, sem neura alguma, assim como também existem casais não cristãos que são completamente frustrados na cama. Creio que a religião teve uma influência muito negativa no decorrer da história no que diz respeito ao sexo. Muitas verdades Bíblicas foram (e ainda são) distorcidas, "neurotizando" aquilo que era pra ser prazeroso e natural. No passado, o sexo era visto como tabu, algo sujo, inclusive entre os casados, e a igreja (instituição) foi uma das grandes responsáveis por esta visão. Infelizmente muitos ainda pensam dessa forma, especialmente dentro das denominações mais radicais. São pessoas completamente limitada

"Esperando Godot"

  Como falar sobre a religião?           "Eu gostaria de começar com a bela peça de Samnuel Beckett, 'Esperando Godot'. Ela é absurda, como absurda é a vida, mas o verdadeiro absurdo da vida, se compreendido profundamente, torna-se uma indicação para alguma coisa que está além e cheio de significado. E somente o além é cheio de significado: o que está além de você é cheio de significado, o que está além da mente é cheio de significado.           'Esperando Godot' pode ser um grande começo para o Hassidismo, Zen ou Sufismo, uma verdadeira indicação indireta, porque dizer alguma coisa diretamente a respeito de tão íntimo e profundo fenômeno, é violentá-lo. Assim, sejamos cuidadosos, movimentemo-nos devagar, pois o terreno é sagrado.           A cortina se levanta: dois vagabundos estão sentados e esperando Godot. Quem é esse Godot? Eles não sabem, ninguém sabe. Mesmo o Samuel Beckett, quando uma vez lhe perguntaram quem era esse Godot, disse, 'Se eu sou