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Mostrando postagens de maio, 2014

Ainda dá tempo!...

Aos 25.929 dias de existência nesse planeta, considero um milagre se considerar viver como se fosse... Uma modernidade líquida e descartável, que considera o imaginável e descarta o existente!... Acredito que seja o meio que o sistema arranjou para manipular a liberdade, considerando-se a segurança um bem primordial... Não há mais a necessidade de se expor, olhar ao redor, vivenciarmos a experiência, aguardarmos sermos lembrados, vivermos qualquer expectativa de futuro, e a qualidade-momento única do presente compartilhado a dois... Imagino que perdemos a nossa pérola mágica que nos trouxe a esse estágio, acreditando encontrá-la com os mesmos conceitos e ardis que nos trouxeram até aqui... Se a meta para o caminho nos deixou esse legado, imagino como será vivenciar o caminho como meta... Talvez não esteja mais por aqui para vivenciar essa mutação, - o caminho de volta!

Carta aos companheiros presos

José Genoíno, José Dirceu, Delúbio Soares e João Paulo Cunha foram condenados sem provas porque fazem parte de uma história que incomoda. Por Hamilton Pereira (Pedro Tierra), na Carta Maior*      (Para ser lida em voz alta com os companheiros que chegam à militância...)                                        (Brasília, fevereiro / maio de 2014) A aventura de construir um partido de base popular que viesse a representar de maneira independente os interesses dos trabalhadores na sociedade brasileira, ainda sob a ditadura empresarial-militar imposta ao país pelo golpe de abril de 1964, percorre a esta altura, cerca de três décadas e meia. Se pensarmos bem, tempo relativamente curto, considerados os cinco séculos desde o desembarque dos colonizadores portugueses nesses trópicos. Depois das grandes mobilizações sociais catalisadas por S. Bernardo do Campo, no final dos anos 70, e das históricas assembleias do Estádio de Vila Euclides, o 10 de fevereiro de 1980,

Mãe Stella faz uma reflexão sobre a religião Yorubá

21 de maio de 2014 Mãe Stella faz bela reflexão sobre religião. Foto: Margarida Neide/Ag. A TARDE/ 29.11.2012 Maria Stella de Azevedo Santos Mais uma polêmica para que possamos refletir e dar um passo rumo a um estágio evolutivo elevado que ajude a construir uma sociedade harmônica e equilibrada. O noticiário televisivo deu a seguinte manchete: “Juiz não reconhece manifestações afro-brasileiras como religiões. A decisão gerou polêmica e surpreendeu líderes do candomblé e da umbanda e o Ministério Público Federal.” Sou uma líder do candomblé e confesso que eu não fiquei nem um pouco surpreendida. Venho de um tempo em que a referida religião era perseguida pela polícia, em virtude de na época o Brasil ter uma religião oficial – o catolicismo. A atitude do juiz precisa ser compreendida, porém jamais pode ser aceita. Optei por não dizer seu nome, pois o nome de uma pessoa é tão sagrado que não deve ser pronunciado quando o dono dele comete atos impensados e infelizes. Um

Meia, Meia, Meia, Meia ou Meia?

A língua portuguesa é uma das mais difíceis do mundo, até para nós. O português praticado no Brasil ...  *Na recepção dum salão de convenções, em Fortaleza* - Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso. - Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde? - Sou de Maputo, Moçambique. - Da África, né? - Sim, sim, da África. - Aqui está cheio de africanos, vindos de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos. - É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade... - Pronto, tem uma palestra agora na sala  meia  oito. - Desculpe, qual sala? -  Meia  oito. - Podes escrever? - Não sabe o que é  meia  oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68. - Ah, entendi,  *meia* é *seis* . - Isso mesmo,  meia é seis . Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de en

Velha mídia, maior partido de oposição

Publicado em 18 de maio de 2014 por Inês Castilho Governo foi tímido na questão da comunicação, e talvez Dilma esteja pagando um preço  alto por isso. Mas quem perde é sociedade brasileira. Por Luís Vita Não é novidade pra ninguém habituado a consultar mídias alternativas que a  grande imprensa é anti esquerdista por princípio e antigovernista por opção política.  O apelido PIG – Partido da Imprensa Golpista, uma referência a porco, em inglês  – não é só uma alusão à atuação conspiratória da mídia contra o governo e as  demandas populares, mas também uma acusação ao papel partidário que adota. Desde pelo menos o golpe de 1964 a mídia se tornou ator central da opinião  pública nacional, trabalhou para fundamentar o golpe, e até hoje expressões  como dita branda podem ser encontradas em editoriais. Obviamente as redações  dos órgãos de imprensa não eram formadas apenas por apoiadores do golpe,  mas a pressão exercida sobre edito

Artista de Casimiro de Abreu é selecionado para participar de Mostra Cultural no Rio de Janeiro

Raimundo de Carira vai expor três telas inspiradas em suas histórias de vida Com 73 anos, o artista plástico Raimundo de Carira, morador de Casimiro de Abreu, acumula histórias conquistadas pelas diversas cidades brasileiras por onde passou. São estas vivências que ele coloca em seus quadros. Três de seus trabalhos poderão ser vistos na Mostra Cultural, que faz parte do Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e será realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na capital. O evento acontece entre os dias 9 e 11 de maio. Dos quadros que poderão ser observados pelo público, um deles faz alusão ao carnaval, outro mostra a zona meretriz do Maranhão e o terceiro traz o aspecto de uma área urbana repleta de casas. Em todas as telas uma característica é bem clara: as cores vivas e vibrantes. “São obras que coloco o meu passado. Às vezes me pego dando risadas dos fatos acontecidos”, comentou.  O trabalho de Carira é bem singular, mas remete bastante ao cubis

O Gato e a Espiritualidade

O Gato e a Espiritualidade. Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relaçã o precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.  O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de mane