Titular da política sem escrúpulos, Cabral põe as cartas na mesa do almoço chapa branca para Aécio
O churrasco de apoio ao tucano Aécio Neves oferecido por Sérgio Cabral e Pezão por intermédio do seu preposto Jorge Picciani tem um significado muito maior do que parece à primeira vista: é o retrato sem retoque da transformação da política num grande balcão de negócios, especialidade obsessiva do ex-governador, que andava meio borocoxô com a perda de suas duas grandes retaguardas monetárias - Eike Batista e Fernando Cavendish (sócio do Carlinhos Cachoeira), ambos às voltas com devassas criminais.cartas para impedir a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e reposicionar o Brasil, próxima potência petrolífera, na esfera da subserviência incondicional aos oligarcas do mundo, retomando a doutrina da voz do dono que nos atrasou por décadas e que teve sua mais incondicional adesão na ditadura militar.
Essa obstinação em derrubar Dilma, esclareça-se, é muito mais pelo que poderá ser o seu segundo governo do que este que está acabando agora, no qual ela apenas demonstrou ser carne de pescoço para certas práticas e deixou alguns empresários ladinos a ver navios. No vindouro, os desafios serão mais incisivos e ela terá fatalmente que bater de frente com as oligarquias agrárias, financeiras e os exportadores de produtos primários que dão o tom do nosso modelo econômico.
O negócio aqui junta a fome com a vontade de comer. O quadro no Estado do Rio é desesperador para Aécio Neves, que está com dinheiro saindo pelo ladrão: seu PSDB sumiu e não tem a menor inserção na política deste que é o terceiro colégio eleitoral do país, ao ponto de ter tentado convencer Bernardinho, técnico de voleibol sem qualquer envolvimento na vida pública, a disputar o cargo de governador, enquanto o DEM do ex-prefeito Cesar Maia ainda não conseguiu conter a debandada dos seus antigos capachos, cooptados com carinho e afeto pelo ex-pupilo e atual desafeto Eduardo Paes.
Os candidatos mais cotados ao governo do Estado fazem parte da base de Dilma e são contra Sérgio Cabral: Garotinho, seu antigo parceiro, foi quem inventou Pezão e fez dele vice-governador; Marcello Crivella foi ministro da Pesca e está surpreendendo por manter-se à margem dos tiroteios, apesar da queimação recorrente por seus vínculos com a Igreja Universal; e Lindbergh Farias, do PT, conta com seu carisma, o que o fez derrotar Piciani nas eleições para o Senado em 2010.
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