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Leonardo Boff: Dez possíveis lições após o impeachment

2/09/2016 15:50 A primeira lição é resistir, aprender dos erros e derrotas e dar a volta por cima. Isso implica severa autocrítica, nunca feita com rigor pelo PT. Leonardo Boff Seguramente é cedo ainda para tirar lições do questionável impeachment que inaugurou um nova tipologia de golpe de classe via parlamento. Estas primeiras lições poderão servir ao PT e aliados e aos que amam a democracia e respeitam a soberania popular, expressa por eleições livres. Os que detém o ter, o poder e o saber  que se ocultam atrás dos golpistas se caracterizam por não mostrar  apreço à democracia e por  se lixar pela situação de gritante desigualdade do povo brasileiro.   A  primeira  lição é alimentar resiliência, vale dizer, resistir, aprender dos erros e derrotas e dar a volta por cima. Isso implica severa autocrítica, nunca feita com rigor pelo PT. Precisa-se ter claro sobre que  projeto de país se quer implementar.   Segunda  lição: reafirmar a democracia, aquela que

A Verdade Sobre o Indeferimento do Registro de Paulo Dames 40

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Os EUA e o GOLPE do Impeachment de Dilma - jornalista Pepe Escobar

Lula, a Casa Grande e a Senzala

por Márcio Sotelo Felippe – 17/09/2016 Nunca haverá um power point denunciando FHC e a compra de votos para a sua reeleição. Fernando Henrique Cardoso se perpetuou no poder graças a um dos mais escandalosos delitos da história política do país: a compra de votos para a emenda da reeleição. Todo o aparato repressivo do Estado sabe.  Existem gravações e recentemente a delação premiada do ex-deputado Pedro Correa fez emergir o assunto. Foram gravados confessando a venda de votos os ex-deputados Ronivon Santiago, Osmir Lima, Chicão Brígido e Zilla Bezerra. Os “operadores”, como são designados no mundo da política brasileira aqueles que fazem o trabalho sujo de aliciar e fazer com que o dinheiro chegue aos bolsos dos corrompidos, seriam Sérgio Motta, Luiz Eduardo Magalhães, Pauderney Avelino, Amazonino Mendes, Orleir Camelli. Do outro lado estava, sempre segundo Pedro Correa, Olavo Setúbal. Patriarca do Itaú, um dos maiores e mais respeitados banqueiros do país

O impeachment do ministro e a pantomima de Curitiba

Um dos elementos mais constrangedores da grave crise político-institucional de nossos dias, que ameaça engolfar de vez os fundamentos da democracia representativa, é a partidarização em curso do Poder Judiciário, instituição já de si pouco republicana e que, não obstante, pretende pairar acima dos demais poderes, exatamente ele, o único que não deriva da soberania popular. Protegidos seus membros por uma vitaliciedade injustificável, foge o Judiciário como um todo e o Supremo Tribunal Federal em particular, de qualquer transparência, blindando-se, anacrônico Olimpo, em uma irresponsabilidade monárquica e em um corporativismo auto-protetor que estimula comportamentos não condizentes com o exercício da magistratura. Grupo de juristas protocolaram no Senado Federal um pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes, acusado de conduta partidária no exercício do cargo. Essa partidarização do Poder Judiciário é tanto mais assustadora quando se soma à presente partidariz

Os desafios do golpe continuado

O golpe de Estado que confiscou o mandato da presidente Dilma Rousseff e feriu de morte a soberania do voto, pedra angular da democracia representativa, não se consumou no dia 31 de agosto, quando o Senado Federal, prostrando-se de cócoras para ficar no mesmo nível da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril, votou o impedimento. A arquitetura do processo golpista remonta ao final das eleições de 2014, quando o PSDB primeiro tenta eivar de fraude o processo eleitoral, e em seguida, interpõe recurso junto ao TSE visando à cassação da chapa Dilma-Temer, o que, não sabiam os tucanos naquele então, poderá brevemente lhes trazer sérias dores de cabeça. Outra peça dessa articulação golpista, que não foi obra dos céus nem produto do acaso, foi a eleição de Eduardo Cunha (o líder efetivo do PMDB) e, na sequência, a utilização da Câmara dos Deputados como instrumento de desestabilização do governo. O presidente defenestrado da Câmara, líder do baixo clero

Xadrez do acordão da Lava Jato e da hipocrisia nacional - O Xadrez do Golpe

Sex, 09/09/2016 - 06:46 - Atualizado em 09/09/2016 - 12:05 Luis Nassif Movimento 1 – os ajustes na Lava Jato Trata-se de um movimento radical do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, que praticamente fecha a linha de raciocínio que vimos desenvolvendo sobre sua estratégia política. Peça 1  – monta-se o jogo de cena entre Gilmar Mendes e Janot. Janot chuta para o Supremo a denúncia do senador Aécio Neves. Gilmar mata no peito e devolve para Janot que se enfurece e chuta de novo de volta ao Supremo.  Terminado o jogo para a platéia, Janot guarda a bola e não se ouve mais falar nas denúncias contra Aécio. Nem contra Serra. Nem contra Temer. Nem contra Geddel. Nem contra Padilha. Peça 2  – duas megadelações entram na linha de montagem da Lava Jato: a de Marcelo Odebrecht e de Léo Pinheiro, da OAS. Pelas informações que circulam, Marcelo só entregaria o caixa 2; Léo entregaria as propinas de corrupção, em dinheiro vivo ou em pagamento em off-shores no exterior.