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Por quê repensar a linguagem pode ser a maior das revoluções? - Viviane Mosé

Os desafios da educação: gestão – nosso maior desafio?

Arte e artistas – A nova mina de ódios do Terceiro Reich brasileiro

Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho A histeria contra a arte e os artistas, promovida por políticos de direita, tem um motivo simples: explorar uma nova mina de ódios. A classe média anti-Lula andava desmotivada. O governo Temer foi para ela uma cilada: salários congelados, reformas aterrorizantes, e oito aumentos da gasolina. A derrocada de Aécio a intimidou mais ainda. Nas ruas, ela deixou de atacar figuras ligadas ao PT. Os xingamentos de “petralha” e “esquerdopata” arrefeceram nas redes. Enfim, a velha fonte de ódios secou. Por isso, a associação de arte e pedofilia foi um achado. Com ela, emergiu da lama um límpido cristal de pura estupidez. A direita volta a urrar, xingar e ameaçar com torturas. E tudo em nome da moral e da família. Com presteza incomum, o MP, a justiça, a polícia e  a mídia deixaram-se mobilizar e deram voz aos desqualificados vociferantes que, com a boca espumando, gritavam em “defesa da família”. Enfim, uma mina de ouro, ou me

A direita mostra os dentes. Como (re)agir?

            Defesa da intervenção militar é, também, um sinal de que o golpe parlamentar esgotou-se. Resta saber quem dará resposta à frustração e raiva da maioria Por  Antonio Martins  | Vídeo:  Gabriela Leite  | Imagem:  Rubem Grilo O fantasma da intervenção militar esvoaçou sobre o Brasil esta semana. O general Martins Mourão, da ativa, prometeu na sexta-feira passada “derrubar este troço todo”, se o Congresso e o Judiciário não retirarem de cena “esses elementos envolvidos em todos os ilícitos”. Seus superiores – o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas e o ministro da Defesa, Raul Jungmann – recusaram-se a puni-lo. Em São Paulo, a Rota, tropa mais brutal da PM, fez exercícios de repressão política, simulando uso de munição real, em plena Avenida Paulista. Uma nova sondagem pré-eleições presidenciais mostrou Jair Bolsonaro consolidado em segundo lugar, abaixo apenas de Lula e à frente de todos os conservadores tradicionais. Como tem sido comum há meses, muitos, en

Estamos já em plena ditadura civil?

Leonardo Boff -  24/09/2017 às 00h01 O que vivemos atualmente no Brasil não pode sequer ser chamado de democracia de baixíssima intensidade. Se tomarmos como referência mínima de uma democracia sua relação para com o povo, o portador originário do poder, então ela se nega a si mesma e se mostra como farsa. Para as decisões que afetam profundamente a todos, não se discutiu com a sociedade civil, sequer se ouviram movimentos sociais e os corpos de saber especializado: o salário mínimo, a legislação trabalhista, a previdência social, as novas regras para a saúde e a educação, as privatizações de bens públicos fundamentais como é, por exemplo, a Eletrobrás e campos importantes de petróleo do pré-sal, bem como as leis de definem a demarcação das terras indígenas e, o que é um verdadeiro atentado à soberania nacional, a permissão de venda de terras amazônicas a estrangeiros e a entrega de vasta região da Amazônia para a exploração de variados minérios a empresas estrangeiras. Tu

Como a direita radical espreita a América do Sul

Os desafios cruciais da era Uber

  Como evitar que sejamos todos obrigados a leiloar nosso trabalho, por preços e condições cada vez rebaixadas? Criando plataformas alternativas? Ou exigindo ação do Estado? Por Frank Pascuale, no Boston Review of Books | Tradução: Inês Castilho | Imagem: Hieronymus Bosch, Inferno, 1490 (detalhe) Resenha de dois livros: Platform Capitalism Nick Srnicek Polity Books, $49.95 (cloth), $12.95 (paper) Ours to Hack and to Own Trebor Scholz and Nathan Schneider OR Books, $17 (paper) Imagine acordar todo dia aflito por ver se venceu o leilão pra fazer seu trabalho. Na noite anterior, você se inscreveu numa plataforma de trabalho – um site tipo TaskRabbit [em que profissionais oferecem serviços eventuais, sem nenhum direito ou vínculo empregatício] – e por precaução pediu uma remuneração relativamente modesta, ao mesmo tempo em que concordava com uma lista de regras impostas pelos patrões. Qualquer pessoa ao redor do mundo pode concorrer ao emprego. Você espera que seu de