Saiu de casa apressado, mal engoliu o café, empurrou as crianças no carro já em atraso, seguiu para a escola em desabalada carreira. Não ouviu na esquina de casa, os pássaros em suave melodia, cumprimentando o dia, alegrando os seus. E assim, passou e não viu Deus... Seguiu para o trabalho em meio ao trânsito complicado. Xingou, mordeu os lábios, roeu unhas e amaldiçoou o mundo. Não viu que o sol se firmou, que o céu clareou, que as nuvens formaram desenhos lindos. Nem deu tempo de dar adeus. Passou e mais uma vez, não viu Deus... No trabalho mal cumprimentou os colegas. Sentou-se atarefado, todo preocupado. Tinha trabalho em atraso. Não sabia por onde começar. Não reparou nas plantas ao lado. Flores caprichosamente escolhidas que enfeitavam aquele lugar, como delicados camafeus. Mas ele na sua ansiedade, ainda assim, não viu Deus... Voltou para casa cansado, extenuado. N
O caminho como meta