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Mostrando postagens de maio, 2020

Português não é para amador...

Um poeta escreveu: *"Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar". * Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução. Eu, por exemplo, prefiro a *carne* ao *carnê*. Assim como, obviamente, prefiro o *coco* ao *cocô*. No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável... Pense no *cágado*, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração. E há outros casos, claro! Eu não me *medico*, eu vou ao *médico*. Quem *baba* não é a *babá*. Você precisa ir à *secretaria* para falar com a *secretária*. Será que a *romã* é de *Roma*? Seus *pais* vêm do mesmo *país*? A diferença na palavra é um *acento*; *assento* não tem *acento*. *Assento* é embaixo, *acento* é em cima. *Embaixo* é junto e *em cima* separado. Seria *maio* o mês mais apropriado para colocar um *maiô*? Quem sabe mais entre a *sábia* e o *sabiá*? O que tem a *pele* do *Pelé*? O que há em comum entre o *camelo* e o *camelô*? O que será que a *fábrica* *fabrica*? E tudo

Mito da Caverna - Platão

O pior e o melhor estão por vir depois dessa pandemia.Faça como o bambu, não resista, adapte-se às circunstâncias. Hoje, ainda imaginamos sermos seres humanos tentando nos espiritualizar; porém somos seres espirituais tentando nos humanizar. Não é o oceano que gera a onda. É o vento... Como tudo o que existe teve uma mente pensante que o criou, só imagine o melhor. Crie afinidades com esse tipo de energia. Enquanto você não for a favor da liberdade, dependerás da segurança. Nessa circunstância, serás manipulado, pois necessitas de que te digam o que é melhor para que você não erre. Isso se chama informação. A informação não gera o conhecimento, só a experiência. Logo, procure vivenciar o caminho como meta, ao invés de procurar implantar metas pré estabelecidas através de informações para o caminho. Qualquer que seja o seu julgamento e a qualidade projetada, ele te pertence, nunca a quem você considerou... Isso, chama-se projeção. Segundo Platão, a maioria das pessoas amam o que vo

Conceito Iorubá sobre Atúnwà

A ilusão de preponderância consciente faz-me acreditar que sou eu quem vive. Porém, se esta ilusão for abalada pelo reconhecimento do fator inconsciente, este último então aparece como algo objetivo, no qual o Eu está incluso; tal atitude se assemelha ao conceito atúnwà , africano, de etnia Iorubá, que considera o nascimento do filho a garantia da sua própria vida; sentimento em que muitas vezes se reveste grotescamente ao se ouvir um velho negro indignado com a desobediência do filho, exclamar: “Aí está ele, com meu corpo, e nem se quer me obedece”! Vejo aí uma grande semelhança com o cristianismo primitivo de Paulo de Tarso, que expressa o seu sentimento interno ao testemunhar: “Não sou eu mais quem vive, mas é Cristo que vive em mim”. O símbolo “Cristo”, como “Filho do Homem”, é uma experiência psíquica análoga à de um ser espiritual iluminado que nasce do indivíduo, que vos servirá de morada futura. Na expressão de Paulo, esse corpo cobre-nos como uma veste (“vós que vo

Pastoreio do Toro - Iniciação Zen (10 Quadros)

Essa fábula simboliza a busca e o controle do homem sobre seu ego / duplo / desejos. Ali está o homem, dividido em personalidade e espírito, esquecido da pureza original, lutando contra tudo, incapaz de distinguir entre a falsidade e a verdade. Mas, ao prestar atenção àquilo que o rodeia, percebe, através dos sentidos, a verdadeira natureza das coisas, eliminando toda noção de ganho e perda, de claro e escuro. Enfim, a dualidade desaparece quando se recupera a natureza original. PROCURANDO O TOURO (Primeiro Quadro) Na primeira imagem vemos um jovem à procura de capturar um boi selvagem na floresta. Mas o jovem encontra-se perdido, pois ele é um boiadeiro sem boi, ou seja, é alguém que busca algo que não sabe se vai encontrar, ou se estará preparado para a tarefa de pegar o boi. Ele se sente inseguro, vazio, e vaga a esmo pela floresta. O touro, na realidade, nunca foi perdido. Então, por que procurá-lo? Tendo dado as costas à sua verdadeira natureza, o homem não pode vê