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Mostrando postagens de 2018

Ex-presidente envia carta aos participantes da reunião do Diretório Nacional do PT*

O ex-presidente  Luiz Inácio Lula da Silva  enviou [na última] sexta-feira 30 uma carta aos participantes da reunião do Diretório Nacional do PT, que aconteceu em Brasília.  O petista, que se encontra preso na sede da Polícia Federal em Curitiba há mais de 200 dias, aguarda o fim de um processo judicial em que é acusado de ser dono de um imóvel do qual jamais teve as chaves ou usufruiu por um só dia. Em sua carta, afirmou que "apesar de toda perseguição, de todas as tramoias que fizeram contra nós, o PT continua sendo o maior e mais importante partido popular deste país. E isso nos coloca diante de imensas responsabilidades. Leia, abaixo, a íntegra da carta: "Companheiras e companheiros, Do fundo do meu coração, agradeço por tudo o que fizeram neste processo eleitoral tão difícil que vivemos, absolutamente fora da normalidade democrática. Quero que levem meu abraço e minha gratidão a cada militante do nosso partido, pela generosidade e coragem diante d

Espinosa – O apóstolo da razão - 5 Virtudes do homem livre

"Facilmente veremos em que se diferencia o homem que se conduz apenas pelo afeto, ou pela opinião, do homem que se conduz pela razão. Com efeito, o primeiro, queira ou não, faz coisas que ignora inteiramente, enquanto o segundo não obedece a ninguém mais que a si próprio e só faz aquelas coisas que sabe serem importantes na vida e que, por isso, deseja ao máximo. Chamo, pois, ao primeiro, servo, e ao segundo, homem livre. Gostaria de fazer ainda umas poucas observações sobre as inclinações e a maneira de viver desse último” – Espinosa, Ética IV, prop 66, esc Espinosa buscava viver com virtude, virtus: força, potência. Para quem está chegando agora talvez seja difícil perceber, mas, segundo uma comprida cadeia de axiomas e definições, a virtude se funde à felicidade e à utilidade, ela torna-se o caminho e ao mesmo tempo o ponto de chegada para a vida livre (veja aqui). O sábio trilha caminhos que o tornam cada vez mais sábio, isso o alegra, pois o permite conhecer mais e mais

O que faz Bolsonaro forte no Exército

– 4 DE DEZEMBRO DE 2018 Ex-capitão apagado e político medíocre, ele formou ampla base de apoio nos meios militares. Ensino conservador nas Forças Armadas e anticomunismo “renovado” ajudam a explicar por quê. Por Adriano de Freixo, em Teoria e Debate A ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República tendo em torno de si, inclusive na vice-presidência, um grupo palaciano formado por diversos oficiais-generais da reserva que, até recentemente, ocupavam cargos importantes na estrutura das Forças Armadas (FA) e contando com o voto e a simpatia da maior parte das tropas, traz implícita uma questão de extrema relevância: como um ex-capitão, de carreira militar apagada, reformado como decorrência de processos disciplinares, com uma atuação pífia como parlamentar e que até não muito tempo era visto com ressalvas e mesmo com desdém por boa parte das lideranças militares, conseguiu angariar toda essa base de apoio nos meios castrenses? Para a compreensão desse fenômeno,

O Brasil não pode virar uma província talibã

O Brasil não pode virar uma província talibã Está tendo dificuldades em ver este email?  Veja em seu navegador . Não está interessado mais em receber?  Cancele sua inscrição . O governo do capitão Messias ameaça mergulhar-nos de corpo inteiro em regressão mais profunda do que aquela que parece acometer o mundo ocidental sob o comando de Trump, seu grande ídolo e inspirador, depois do cel. Brilhante Ustra, o facínora. Se realizar o prometido, assistiremos a cenas dignas dos fanáticos do Estado Islâmico. Reviveremos situações registradas sob o nazifascismo. Experimentaremos as práticas do macarthismo, que agrediram as noções de civilidade firmadas após as catástrofes das guerras mundiais. Mergulharemos na era do ódio à inteligência, como sofreram os espanhóis sob os falangistas. Viveremos abomináveis perseguições aos escritores, artistas, educadores e cientistas; enterraremo-nos na macabra ofensiva contra a liberdade de expressão, incompatível com as noções de

Anotações sobre o grande desastre

POR  GILBERTO MARINGON  29/10/2018 Ao colocar o foco central na figura de Lula, PT renunciou a politizar a eleição, e a fazer o debate sobre projetos de país. O caminho estava aberto para um aventureiro. Agora, tudo está por reconstruir Por  Gilberto Maringoni  | Imagem:  Max Beckmann ,  A Noite  (1919) A maior proeza de Jair Bolsonaro não foi ter vencido as eleições. Foi ter imposto sua agenda para toda a disputa. E esse – contraditoriamente – pode ser seu calcanhar de Aquiles no governo. A mercadoria que prometeu vagamente entregar – “mudar isso que está aí” – pode não constar de seu estoque. Esse é tema para outro artigo. Quero me deter no caminho que percorremos até aqui. Há uma pergunta essencial a ser respondida: por que, num país de 14 milhões de desempregados, com uma recessão sem sinais claros de reversão, em processo acelerado de desindustrialização e com serviços públicos rumando para o colapso, a agenda eleitoral se voltou para uma pauta claramente moral

Extrema direita, fenômeno global

Que une a ascensão de Jair Bolsonaro com a ameaça do neo-fascismo em outros países ocidentais. Como o caso brasileiro pode servir de alerta e ensinar. Por Glenn Greenwald, no Intercept Brasil Ao obter uma expressiva vitória por mais de 10 pontos de diferença, o autoritário de direita Jair Bolsonaro tornou-se, disparado, o líder mais extremista do mundo democrático. Ainda que algumas das dinâmicas por trás da sua vitória sejam exclusivas ao Brasil, há também muitos paralelos com as correntes políticas que vêm predominando na América do Norte, Europa Oriental e, cada vez mais, na Europa Ocidental. Para entender os sentimentos que levaram a vitória de Bolsonaro, é fundamental que o establishment político brasileiro reconheça e conserte as sérias falhas que permitiram a ascensão do extremismo. E é crucial que todos nós compreendamos quais táticas funcionam e quais não funcionam quando se está diante desse tipo de autoritarismo e repressão.  Nesse sentido, eu exploro, no vídeo aci

Manipulação eleitoral: a conexão Whats-Facebook

–  30 DE OUTUBRO DE 2018 Softwares ilegais permitem obter milhões de telefones de usuários do Facebook, segmentados por grupo social. Feita a colheita, vem o bombardeio de mensagens dirigidas, via Whatsapp Por  Matheus Magenta, Juliana Gragnani  e  Felipe Souza,  na  BBC Brasil Para alcançar mais eleitores, campanhas políticas obtiveram neste ano programas capazes de coletar os números de telefones de milhares de brasileiros no Facebook e usá-los para criar grupos e enviar mensagens em massa automaticamente no WhatsApp. Esse tipo de ferramenta custa até R$ 1.300 e é facilmente encontrado na internet, com nota fiscal ou mesmo pirata, evitando rastros em prestações de conta. Há dezenas de vídeos explicativos no YouTube e nos sites das empresas que oferecem esses serviços, acessíveis mesmo para quem tem pouca experiência com computadores. Tradicionalmente, vendedores de empresas de cosméticos e nutrição eram os principais compradores desses aplicativos. Nestas eleições, a