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Reflexão sobre o "Discurso de Marco Antônio nos funerais de Cezar"

Revertendo expectativas... de: William Shakespeare Acredito nessa possibilidade quando relembro a obra prima de Shakespeare, que é o discurso de Marco Antonio nos funerais de Cezar. Uma parábola, para os dias de hoje... Talvez, o leitor com alguma acuidade faça uma analogia do que se pode esperar de um bom plano estratégico para reverter expectativas eleitorais oposicionistas e oportunistas... A cena é a seguinte:                                                                                             Cezar está morto, e Brutus, o assassino, é chamado para dizer à população romana, junto ao cadáver, porque motivo matou Cezar. Imaginem uma multidão ululante, pouco favorável a Cezar, que já acreditava que Brutus tivera um gesto nobre, matando-o. Brutus sobe a tribuna e faz um breve e pragmático relato das razões que o levaram a suprimir Cezar. Conhecido e querido por se identificar com os anseios populares não viram nenhum motivo para preocupar-se com o clamor d

Reflexões no 3° caminho do Odù Owórín

11. Owórín   3º. Caminho (ese): Os babàláwos contam que dois homens encontraram-se. O mais rico, dizia que só ele era capaz de conhecer a prosperidade. O outro, dizia que se alguém tem que prosperar, não haverá coisa que desfaça este destino na vida, e assim, acontecerá mais cedo ou mais tarde. O mais rico, era senhor, e o outro, escravo, de forma que o senhor resolveu comprar o outro. O escravo com muita satisfação submeteu-se a essa condição.  E, assim lá se foram os dois, até o dia em que o escravo conseguiu juntar algum dinheiro e comprar uma galinha que posteriormente lhe deu muitos pintinhos. O senhor vendo que seu servo prosperava, um dia, matou a galinha e sua ninhada. Para surpresa e desgosto do escravo, que vinha ao final do dia da roça do senhor, foi ver aquele infortúnio.  Porém, nada disse, limitando-se a louvar Olórun, conformando-se com a qualidade-momento adversa. Tempo depois, comprou uma ovelha que mais tarde deu-lhes crias. Num dado dia, o perverso senh

Reflexões sobre a "Parábola do Mordomo Infiel"...

Lucas 16: 1-9 “Disse Jesus aos seus discípulos: havia um homem rico cujo administrador foi acusado de dissipar seus bens. Então, chamando-o disse: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua administração, porque já não poderás ser meu administrador. O administrador disse consigo: Agora que farei? O meu senhor me tira o emprego. Cavar, não posso, e, de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas. Chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deve ao meu senhor? Ele respondeu: Cem batos de azeite. Disse-lhe: toma a tua obrigação, e assentando-te depressa, escreve cinqüenta”. Disse depois ao outro: E tu quanto deves? Cem cores de trigo. Disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta. Louvou aquele senhor o injusto administrador por haver procedido prudentemente. Pois os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Eu vos digo: “Gr

Reflexões sobre "A Mulher – Espírito Bisão Branco"...

Gostaria de mostrar como somos na realidade, como um espelho que reflete nossas atitudes, nosso comportamento, e mostrar as forças psicológicas que agem em nós de forma autônoma nos deixando num dilema muitas vezes. Ela nos fala daquilo que é, mas, não nos diz como devemos agir. Assim, um mito ou um sonho nos permitem ver como somos na realidade e, frequentemente nos dão uma solução para o dilema. Há um belíssimo conto mítico da nação Oglala dos Sioux, recontado pelo seu grande feiticeiro Alce Negro – a história da Mulher – Espírito Bisão Branco. Este é o relato de como uma mulher divina trouxe o primeiro cachimbo sagrado para os  índios  Oglalas da nação Sioux. Há muito tempo, dizem, dois batedores  índios  saíram à caça de bisões; ao chegarem ao topo de uma colina, olharam para norte e viram algo surgindo de muito longe, e quando chegou mais perto exclamaram: “É uma mulher!” E era. Então, um dos batedores, por ser jovem e parvo, teve maus pensamentos e os expressou em

Reflexões sobre a "Figueira Seca"...

  No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Então ele disse à figueira: “Nunca jamais coma alguém fruto de ti”. E os discípulos ouviram isso. (Marcos 11:12-14). No dia seguinte, quando voltavam de Jerusalém, Simão Pedro observou: Mestre, ela secou até a raiz. O espírito do Evangelho ensina que Jesus ama a verdade de cada estação da vida humana. Ou seja, conforme a sua fase de discernimento, amadurecimento e fé. Por isso, Ele amaldiçoou a figueira, que de modo anômalo tentava passar através da sua aparência possuir frutos, três meses antes da estação adequada. Todas as figueiras ficam peladas fora da estação. Além do mais, a figueira, é uma árvore que apresenta primeiro os seus frutos e, só depois então a folhagem. A oferta da folhagem dessa figueira, era a promessa da certeza de haver fruto, ma

Reflexões sobre a Crise de Sentido...

Há uma parábola Taoista de Chuang Tzu, sábio chinês que ajudou a fusão do Taoísmo com o Budismo, através de Bodhidarma, fundando assim o Zen, que nos mostra através de um conto a crise de sentido gerada por um ego carente em ocupar-se com algo que tenha grande importância e expressa finalidade para poder sentir-se útil e recuperar a autoestima. O Velho Carvalho “ Um carpinteiro ambulante chamado Stone viu ao decorrer de suas viagens, em um campo próximo de um lar rústico, um velho e gigantesco carvalho.. Comentou então com seu aprendiz que admirava o carvalho secular: Esta árvore não tem qualquer serventia, pois se quisermos fazer um barco com a sua madeira, ela apodreceria, se quiséssemos utilizá-la para construção de ferramentas e móveis de uso doméstico, elas logo se haviam de quebrar. Para nada serve esta árvore, por isso chegou a ficar assim tão velha.    Na mesma noite, numa hospedaria, o velho carvalho apareceu em sonho ao carpinteiro e disse: Por que você me compa