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Reflexões sobre o 2º Caminho do Odù Òkànràn

2º Caminho de Òkànràn - Èsù O Odu Òkanràn queria tudo ter; porém, nada conseguia. Imaginando uma forma para alcançar tal fim, fez o ebó recomendado pelo olùwó. Teve a ideia de dar um bode para Ìkú e criar com ela, de modo que o produto de todas as crias fosse dividido entre os dois. Passado certo tempo, chega Ìkú atrás do produto de todas as crias para que fosse dividido com ela. Queria ela, toda a descendência e ascendência, o que gerou uma grande surpresa pra todos, pois era uma soma incalculável, como indenização por tantos bodes que, porventura, teriam sido produzidos nesse tempo todo. Resumo dos significados Esse odu prevê o uso de meios sagazes, de espertezas, de ganhos através de ardis, constrangimentos e chantagens. Interpretação Muitas vezes, tentados pelo desejo de mudarmos de vida de uma hora pra outra, nos inclinamos a mobilizar quem nos banque o projeto idealizado... Porém, precisamos agir com muita prudência e esperteza para não sermos surpreendid

Reflexão sobre a parábola "Trabalhadores na Vinha"

Os Trabalhadores na Vinha Mc 4:1-20 Se as parábolas de Jesus girassem sempre no plano material, todas elas teriam um simbolizado injusto. Só que as injustiças pairam sempre sobre os símbolos materiais da parábola e, não sobre o seu simbolizado espiritual. Por isso, encontramos cristãos preocupados com as imagens de barro ou madeira que de certa forma não dignas de reverência sagrada alguma. É a confusão dos que se preocupam com o dedo que aponta o Caminho, e não com o Caminho! A “turma do dedo”, sempre está de plantão quanto à forma exterior que a imagem possui, se há algum ritual agregado, qual dos “dedos” que aponta o Caminho sagrado, em que mão ele se encontra, etc. Isso se compara, ao nome da Igreja, tipo de congregação, CNPJ, ideologia cristã, teologia, tradutor bíblico, se guarda o sábado, se é pentecostal ou neo- pentecostal , se é tradicional ou ortodoxa, etc. A parábola aqui acima, não trata do plano quantitativo e horizontal do nosso ego que é aqui represent

Reflexão sobre a "Verdade Absoluta"

Segundo a tradição taoista não existe uma verdade absoluta que possa transformar alguém de forma compulsória, pois, tudo depende da qualidade de quem a recebe. Ou seja: “Se o sujeito errado usar o método certo, ainda assim o método certo dará errado”. Nos mosteiros taoistas chineses os monges residentes recebem todas as noites monges peregrinos que não possuem uma morada fixa, nem a garantia de uma cabaça com alimento antes de adormecerem. Entretanto, para que possam usufruir destes benefícios terão que vencer um debate sobre o Caminho do Tao com os donos dos mosteiros. Caso consigam vencê-los terão direito ao pernoite e a uma cabaça com alimentos, porém, dia seguinte terão que continuar o seu caminho. O motivo dessa norma, é que o vencedor pode ser um ser dotado de um poder de articular bem as palavras, exprimir suas idéias com desenvoltura e, assim vencer na argumentação por ter o dom da retórica. Porém, não é o detentor da verdade! Essa verdade pode estar mais próxima do mo

Reflexão sobre o "Discurso de Marco Antônio nos funerais de Cezar"

Revertendo expectativas... de: William Shakespeare Acredito nessa possibilidade quando relembro a obra prima de Shakespeare, que é o discurso de Marco Antonio nos funerais de Cezar. Uma parábola, para os dias de hoje... Talvez, o leitor com alguma acuidade faça uma analogia do que se pode esperar de um bom plano estratégico para reverter expectativas eleitorais oposicionistas e oportunistas... A cena é a seguinte:                                                                                             Cezar está morto, e Brutus, o assassino, é chamado para dizer à população romana, junto ao cadáver, porque motivo matou Cezar. Imaginem uma multidão ululante, pouco favorável a Cezar, que já acreditava que Brutus tivera um gesto nobre, matando-o. Brutus sobe a tribuna e faz um breve e pragmático relato das razões que o levaram a suprimir Cezar. Conhecido e querido por se identificar com os anseios populares não viram nenhum motivo para preocupar-se com o clamor d

Reflexões no 3° caminho do Odù Owórín

11. Owórín   3º. Caminho (ese): Os babàláwos contam que dois homens encontraram-se. O mais rico, dizia que só ele era capaz de conhecer a prosperidade. O outro, dizia que se alguém tem que prosperar, não haverá coisa que desfaça este destino na vida, e assim, acontecerá mais cedo ou mais tarde. O mais rico, era senhor, e o outro, escravo, de forma que o senhor resolveu comprar o outro. O escravo com muita satisfação submeteu-se a essa condição.  E, assim lá se foram os dois, até o dia em que o escravo conseguiu juntar algum dinheiro e comprar uma galinha que posteriormente lhe deu muitos pintinhos. O senhor vendo que seu servo prosperava, um dia, matou a galinha e sua ninhada. Para surpresa e desgosto do escravo, que vinha ao final do dia da roça do senhor, foi ver aquele infortúnio.  Porém, nada disse, limitando-se a louvar Olórun, conformando-se com a qualidade-momento adversa. Tempo depois, comprou uma ovelha que mais tarde deu-lhes crias. Num dado dia, o perverso senh

Reflexões sobre a "Parábola do Mordomo Infiel"...

Lucas 16: 1-9 “Disse Jesus aos seus discípulos: havia um homem rico cujo administrador foi acusado de dissipar seus bens. Então, chamando-o disse: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua administração, porque já não poderás ser meu administrador. O administrador disse consigo: Agora que farei? O meu senhor me tira o emprego. Cavar, não posso, e, de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas. Chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deve ao meu senhor? Ele respondeu: Cem batos de azeite. Disse-lhe: toma a tua obrigação, e assentando-te depressa, escreve cinqüenta”. Disse depois ao outro: E tu quanto deves? Cem cores de trigo. Disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta. Louvou aquele senhor o injusto administrador por haver procedido prudentemente. Pois os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Eu vos digo: “Gr