A crise bruta que sacode a nação brasileira não pode ser subestimada nos seus desdobramentos. Ela encerra perigos e seduções que podem ser fatais a uma democracia descarnada de credibilidade e esperança, mas, sobretudo, de mecanismos dotados da prontidão necessária para escrutinar respostas institucionais e econômicas a uma transição de ciclo desenvolvimento, como é o caso, que cobra a repactuação da sociedade com seu projeto de futuro. Ademais dos riscos que avultam a cada dia, a natureza ciclópica e catártica do que se vive hoje oferece ao discernimento da sociedade um aliado poderoso e inédito: a transparência histórica dos nossos desafios. O que ela mostra, apesar da resistência, ainda, do dispositivo de comunicação conservador, é a necessidade de uma solução diametralmente oposta às alternativas que pulsam no repertório autoritário e pseudoliberal. A crise evidencia a urgência de se construir no país um sistema político mais aberto, com maior participação e vigi
O caminho como meta