Por Jeferson Miola* No discurso na Assembléia Geral da ONU, Bolsonaro não surpreendeu; Bolsonaro foi genuinamente Bolsonaro. Ele foi autêntico e transparente, não disse nada diferente daquilo que estamos acostumados a ouvir e a acompanhar todo dia. E não transpareceu ser alguém menos torpe, tosco e vomitável que de fato é. A diferença, talvez, é que no discurso preparado para a ONU Bolsonaro concatenou entre si as peças da lógica destrutiva, mentirosa e perversa representada por ele. E, talvez por isso, visto no seu conjunto, o discurso pareceu mais infame, delirante e distópico que todo caos cotidiano que ele vem produzindo abertamente desde a eleição de 2018. Bolsonaro é um mentiroso contumaz. Isso tampouco é novidade; é algo sabido desde sempre. Não é crível, por isso, alguém se surpreender ao vê-lo mentir, aos olhos do mundo inteiro, que concedeu auxílio emergencial de mil dólares a 65 milhões de pessoas; ou, então, alucinar que a floresta não é devastada pelos latifundiários cup
O caminho como meta