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Que pena que você não considerou...

Jean Paul Sartre consagra esta proposta acima com uma historinha do “buraco da fechadura”. Segundo ele, para que melhor você possa entender o que ele reflete. A historinha é a seguinte: tem um casal fazendo uma sacanagem gostosa dentro de um quarto. Você está fora do quarto, ouve os gemidos e olha pelo buraco da fechadura para ver melhor o que está acontecendo. Por um momento, a cena que você vê galvaniza toda a sua atenção. Agora, a sua consciência está completamente plasmada na cena. Isso quer dizer o que? Isso quer dizer que nesse momento a sua consciência não tem espaço para mais nada, a não ser para a cena. Para entender isso melhor, procure lembrar-se dos melhores filmes que já assistiu. Alguns foram tão bons que você não se deu conta de forma consciente de que estava no cinema. O fato de você estar no cinema não entra na sua consciência porque você esta 100% no filme. Tanto que quando o filme acaba, acende a luz e você leva um tempo para voltar a si. Voltar a incl

O rio que desceu a Paulista já mudou o país

O noticiário borbulha de recuos e dúvidas 'da base' em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como 'salvação da lavoura'. por: Saul Leblon O que era verdade no Brasil até sábado, deixou de sê-lo a partir de domingo.   Um banho de rua renovou a agenda da nação.   O levante de 100 mil pessoas contra o golpe desautorizou a soberba conservadora e sacudiu a letargia de setores progressistas.   Gigantesca no tamanho, ampla na pluralidade e democrática nas bandeiras, a mobilização que tomou conta de São Paulo depois de o governo ter tentado proibi-la, reafirmou a experiência social: nas encruzilhadas da história, os fatos caminham à frente das ideias. Hoje, a ‘naturalização’ do golpe na mídia cedeu lugar à discussão de uma viabilidade difícil, vinculada ao êxito improvável de um leque de medidas antissociais postas em xeque pela rua.   O protesto mudou o país pautado pela mídia, reordenou fatos, naufragou versões, lavou a poeira da prostração, desmentiu a cor

"Triste Fim" - Fernando Henrique Cardoso

OPINIÃO ESPAÇO ABERTO Triste fim Dilma pagou o preço de sua teimosia e da visão voluntarista da ‘nova matriz econômica’             Fernando Henrique Cardoso 04 Setembro 2016 | 03h01 Viramos uma triste página. Melhor teria sido que o governo Dilma Rousseff tivesse competência política e administrativa para chegar ao final. O que sobrou? Ilusões perdidas de quem acreditou no modo PT de governar, economia em recessão, desemprego em massa, escândalos, uma onda de desencanto. Será a ex-presidente a única responsável? Não. Mas ela foi incapaz de manter as rédeas do governo e deixou evaporar as condições de governabilidade. Juntou-se a isso o crime de responsabilidade. Uma pessoa eleita por 54 milhões de votos é derrubada, sendo inocente, como repisou a defesa petista? Houve um “golpe congressual” pela perda da maioria, como nos sistemas parlamentaristas? Tampouco. Em sua emotiva, mas racional argumentação, a doutora Janaína Pa

Mulher, sua alma é maior que Cinderela!

Paulo Crespolini A tivado ainda na infância, o COMPLEXO DA CINDERELA desencadeia um terrível sofrimento psíquico em mulheres cujo sonho maior é aguardar pela chegada de um príncipe encantado que, do alto de sua realeza poderosa, esteja disposto a salvá-las das adversidades da vida e protegê-las de todos os perigos. Perdoem-me os admiradores da obra escrita pelo francês Charles Perrault, em 1697, mas Cinderela parece ser o exemplo mais fidedigno da mulher que nega a si para ajustar-se ao seu salvador. Branca de Neve e a Bela Adormecida também seguem na mesma direção do apequenamento da mulher e do engrandecimento do homem. É a triste metáfora da heroína romântica que luta para caber dentro de sonhos alheios, pensando erroneamente que são seus. Em vez de desenvolverem as potencialidades próprias do feminino acabam cedendo ao esvaziamento de si, buscando-se em outras metades. O sapato de cristal não é um símbolo qualquer. Na verdade, ele está a dizer que as mulheres são tão fráge

Na França, brasileiro lança campanha contra analfabetismo em português

Por  Patricia Moribe Publicado em 23-09-2016  Modificado em 03-09-2016 em 17:54   O professor Lamartine Bião ensina português a estrangeiros há quase 50 anos.   Patricia Moribe / RFI Podcast Baixar este programa in Compartilhar O professor Lamartine Bião, há 49 anos na França, é uma referência no ensino de português como língua estrangeira. Ele está lançando mais um método – "A Gramática Ativa" – e também está empenhado em uma campanha contra o analfabetismo no Brasil e em países de língua portuguesa. “A Gramática Ativa” é o terceiro livro de coautoria de Bião. “Ele reúne os dois livros anteriores em um só, trazendo também expressões bem nossas, do Rio de Janeiro e provérbios brasileiros, para que o estrangeiro tenha acesso à realidade do português do Brasil”.  O livro também está disponível gratuitamente em versão pdf no site www.association-biao.com. Lamartine Bião conta que é da geração que deixou o Brasil por causa da ditadu

Procurador da Lava Jato admite que operação foi usada para derrubar Dilma

24/8/2016 13:46 Procurador revelou a bomba na Folha de São Paulo Jornal GGN – Sob anonimato, um procurador da Operação Lava Jato disse à jornalista Natuza Nery, responsável pelo Painel da Folha desta quarta (24), que o sentimento comum na força-tarefa hoje é de que eles foram usados para derrubar a presidente Dilma Rousseff e, agora que o impeachment está quase consolidado, estão sendo descartados. “Éramos lindos até o impeachment ser irreversível. Agora que já nos usaram, dizem chega”, disse o procurador. Conforme o GGN mostrou semanas atrás, a Lava Jato bateu recorde de aparecimento nas manchetes de jornais durante o mês de março de 2016, criando o clima favorável ao impeachment de Dilma Rousseff na Câmara. Mais de um terço das capas da Folha foram dedicadas à operação e a outras investigações contra Lula. O próprio Datafolha nunca usou as pedaladas fiscais para questionar à população se Dilma merecia o impeachment. A pergunta feita era se as “revelações” da Lava Jato