Discorde-se de Lula, das suas ideias, da sua estratégia de luta. Mas, admita-se: Lula é a grande alternativa a ser abraçada para aglutinar as forças em favor do povo brasileiro, em favor da Pátria, com a vantagem de que já está, ao nível das ideias, em posição avançada no front de luta. Ninguém mais tem condições de unificar todas essas forças em torno dessa grande missão.
Desde as eleições de 2014, a direita antipatriótica brasileira, aliada aos EUA, criou um ambiente de beligerância radicalizada no Brasil - Senzala x Casa Grande. O governo Bolsonaro foi a opção burra do que já se prenunciava. A alternativa intermediária, a escadaria da Casa Grande, oferece diversas opções, desde o primeiro degrau, até o último, mas é um posicionamento temerário, sujeito ao insucesso.
Para a Senzala, a escadaria é parte da Casa Grande. Os escravos, quando desejavam falar com o “senhorzinho”, não pisavam as escadas; chamavam de baixo, não raras vezes, de joelhos. Portanto, quem optar pela escadaria estará, irredutivelmente, taxado, pelos seus pares, de covarde traidor.
Por outro lado, para o senhorio, a escadaria, mesmo sendo parte da Casa Grande, não é um território seguro. Quem lá se posiciona, pode ser útil, mas não é confiável. Então, é ilusão, dos que lá se posicionam, acreditar que serão aceitos pelo sistema. Poderão, no máximo, às custas de seus préstimos submissos de servidão voluntária, usufruir de algumas migalhas de benefício, mas não será, jamais, aceito como integrante do grande poder.
Essa questão foi muito bem abordada no filme Green Book, sob o tema exclusivo do racismo, mas que pode ser ampliado para os agravantes aspectos socioeconômicos e culturais da atualidade. O músico negro virtuoso, por seus préstimos elevados à Casa Grande, acreditou que era aceito. Descobriu que não era e, pior ainda, havia sido renegado pelos seus da Senzala.
César Cantu
25.04.2019
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O mito da caverna de Platão se aplica à hipnose midiática atual e a sua influência manipuladora nas massas carentes de uma temática própria.
O mito da caverna, de Platão O mito da caverna conta que alguns prisioneiros vivem, desde o nascimento, acorrentados numa caverna, passando todo o tempo a olhar para a parede do fundo da caverna, que é iluminada pela luz duma fogueira. Nesta parede aparecem as sombras de estátuas de pessoas, de animais, de plantas e de objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros dão nomes a essas sombras e ficam analisando e julgando as situações. Se um desses prisioneiros se desvencilhasse das correntes para explorar a caverna por dentro e o mundo por fora, conheceria a realidade e perceberia que passou a vida analisando e julgando apenas sombras, imagens projetadas por estátuas. Quando saísse da caverna e entrasse em contato com o mundo real, se encantaria com os seres de verdade, com a natureza real. Ao voltar para a caverna, ansioso pra passar o seu conhecimento adquirido fora da caverna para os outros prisioneiros, seria ridicularizado. Os prisioneiros que não conh...
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