Vale a pena!
Há quem julgue o ensino de Jesus muito romântico e sem senso de realidade. Afinal, o que Ele manda fazer e ser é completamente contr
ário àquilo que o fluxo deste mundo chama de realidade e objetividade.
Quem ganha guerras amando o inimigo? Quem vai a qualquer lugar se perdoa sempre? Quem lucrará de modo capitalista se fizer aos outros antes aquilo mesmo que deseja que os outros façam a ele? Em que sociedade o maior deve ser o menor, e o último o primeiro? Em que filosofia o caminho do ser é o de se fazer como uma criança? Quem prosperará se não se inquietar com o dia de amanhã? Quem sobrevive sendo verdadeiro sempre? Quem vai a qualquer lugar se não aliar-se aos poderes vigentes? Quem se satisfaz sendo tão discreto que a mão direita não pode nem se gabar do que fez a esquerda? Quem consegue ser tão livre, que simplesmente não reconheça fronteiras, e que se sinta bem-vindo em qualquer lugar onde for bem-vindo, pois, não conhece o preconceito? Quem não se amargurará também ao não ser recebido pelos seus próprios? Quem tendo todo o poder decide não usa-lo? Quem podendo se impor apenas deixa “chegar a hora”? Quem podendo esmagar se deixa antes executar? Quem podendo dar um show que agilize o caminho, preferirá ao invés andar nos desertos, e associar-se a gente pequena, e dedicar a sua vida à cura dos doentes de corpo e alma? Quem podendo curar, curando proíbe os curados de falarem que foi dele que veio o benefício? Quem sacrificaria um jantar com amigos ricos para oferecer uma ceia para mendigos e desconhecidos probretões? Quem faz do amor um caminho de transgressão ante os olhos dos juizes da moral, e, ainda assim, jamais não negocia o que sabe ser verdade e bom? Quem confia ao Pai a própria vida, e aceita todo e qualquer absurdo, e, ainda assim, sabe morrer entregando ao Pai o espírito?
Sim, para muitos, senão para todos, o Evangelho é insuportável, e, por isto, mesmo quando todos dizem que ele está certo, ainda assim ninguém se aventura a leva-lo à sério.
Jesus, todavia, não era romântico. Se Ele come carne é porque animais morrem. Se bebe vinho é porque sabe que vides precisam ser plantadas. Se fala de casas que não sucumbem ao tempo é porque sabe que casas precisam ser construídas. Se transforma água em vinho é porque sabe que a frustração pode acabar a alegria de uma casamento. Se multiplica alimentos é porque sabe que o homem não vive somente da Palavra que sai da boca de Deus, mas também de pão. Se entra em barcos é porque reconhece a gravidade da Lei da Gravidade. Se dorme é porque sabe que sem descanso não se vive. Se chora a morte de um amigo é porque reconhece que não existe vida sem emoção.
Entretanto, Jesus estabelece limites. Ele deixa claro que a cobiça, os excessos, as luxurias, e todas as ambições tornariam a vida impossível na Terra.
Hoje, quem se atreve a dizer que nosso senso de realidade e de objetividade são de fato reais e objetivos?
Sim, diante de tudo o que nossa realidade e nossa objetividade produziram como morte em proporções globais, quem se atreve a dizer que o romântico é Jesus?
Não amigos! Digamos que não suportamos, que não agüentamos viver diferente, que nosso egoísmo e nosso imediatismo nos governam, qualquer coisa... mas não digamos que Jesus é romântico.
Românticos e idiotas somos nós, os insaciáveis, os implacavelmente cobiçosos, os senhores e sujeitos de seus próprios medíocres destinos, os poderosos que não têm nem mesmo os senso de realidade que assume que nós próprios, quais idiotas incuráveis, somos aqueles que por ambição, omissão, ou mero comodismo, estamos tratando real e objetivamente de nos auto-destruirmos.
Sim, digamos antes que o Evangelho é insuportável, mas não digamos que ele é romântico, pois, nada há mais verdadeiro, nem tampouco mais real e chocantemente profilático quanto a indicar o caminho da vida, e não da morte, quanto o Evangelho de Jesus.
Mas Ele perguntou: “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?”
Caio
Quem ganha guerras amando o inimigo? Quem vai a qualquer lugar se perdoa sempre? Quem lucrará de modo capitalista se fizer aos outros antes aquilo mesmo que deseja que os outros façam a ele? Em que sociedade o maior deve ser o menor, e o último o primeiro? Em que filosofia o caminho do ser é o de se fazer como uma criança? Quem prosperará se não se inquietar com o dia de amanhã? Quem sobrevive sendo verdadeiro sempre? Quem vai a qualquer lugar se não aliar-se aos poderes vigentes? Quem se satisfaz sendo tão discreto que a mão direita não pode nem se gabar do que fez a esquerda? Quem consegue ser tão livre, que simplesmente não reconheça fronteiras, e que se sinta bem-vindo em qualquer lugar onde for bem-vindo, pois, não conhece o preconceito? Quem não se amargurará também ao não ser recebido pelos seus próprios? Quem tendo todo o poder decide não usa-lo? Quem podendo se impor apenas deixa “chegar a hora”? Quem podendo esmagar se deixa antes executar? Quem podendo dar um show que agilize o caminho, preferirá ao invés andar nos desertos, e associar-se a gente pequena, e dedicar a sua vida à cura dos doentes de corpo e alma? Quem podendo curar, curando proíbe os curados de falarem que foi dele que veio o benefício? Quem sacrificaria um jantar com amigos ricos para oferecer uma ceia para mendigos e desconhecidos probretões? Quem faz do amor um caminho de transgressão ante os olhos dos juizes da moral, e, ainda assim, jamais não negocia o que sabe ser verdade e bom? Quem confia ao Pai a própria vida, e aceita todo e qualquer absurdo, e, ainda assim, sabe morrer entregando ao Pai o espírito?
Sim, para muitos, senão para todos, o Evangelho é insuportável, e, por isto, mesmo quando todos dizem que ele está certo, ainda assim ninguém se aventura a leva-lo à sério.
Jesus, todavia, não era romântico. Se Ele come carne é porque animais morrem. Se bebe vinho é porque sabe que vides precisam ser plantadas. Se fala de casas que não sucumbem ao tempo é porque sabe que casas precisam ser construídas. Se transforma água em vinho é porque sabe que a frustração pode acabar a alegria de uma casamento. Se multiplica alimentos é porque sabe que o homem não vive somente da Palavra que sai da boca de Deus, mas também de pão. Se entra em barcos é porque reconhece a gravidade da Lei da Gravidade. Se dorme é porque sabe que sem descanso não se vive. Se chora a morte de um amigo é porque reconhece que não existe vida sem emoção.
Entretanto, Jesus estabelece limites. Ele deixa claro que a cobiça, os excessos, as luxurias, e todas as ambições tornariam a vida impossível na Terra.
Hoje, quem se atreve a dizer que nosso senso de realidade e de objetividade são de fato reais e objetivos?
Sim, diante de tudo o que nossa realidade e nossa objetividade produziram como morte em proporções globais, quem se atreve a dizer que o romântico é Jesus?
Não amigos! Digamos que não suportamos, que não agüentamos viver diferente, que nosso egoísmo e nosso imediatismo nos governam, qualquer coisa... mas não digamos que Jesus é romântico.
Românticos e idiotas somos nós, os insaciáveis, os implacavelmente cobiçosos, os senhores e sujeitos de seus próprios medíocres destinos, os poderosos que não têm nem mesmo os senso de realidade que assume que nós próprios, quais idiotas incuráveis, somos aqueles que por ambição, omissão, ou mero comodismo, estamos tratando real e objetivamente de nos auto-destruirmos.
Sim, digamos antes que o Evangelho é insuportável, mas não digamos que ele é romântico, pois, nada há mais verdadeiro, nem tampouco mais real e chocantemente profilático quanto a indicar o caminho da vida, e não da morte, quanto o Evangelho de Jesus.
Mas Ele perguntou: “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?”
Caio
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