Copa de 2014: a perspectiva de um brasileiro na França há 46 anos
Eu sou o presidente e fundador da Associação Biao (divulgação da cultura brasileira na França) e membro do Partido dos Trabalhadores, em Paris.
O Brasil não é o mesmo que deixei há 46 anos. Pagamos caro por lutar pela democracia no Brasil e nós colhemos os primeiros frutos durante os dois mandatos do presidente Lula. A política social deve continuar para que as riquezas sejam melhor distribuídas. Um aumento repentino no preço dos transportes, o lobby das empresas de ônibus nas mãos de imigrantes que conseguiram transformar uma carroceria em um chassi de caminhão, sem nenhum conforto para passageiros, especialmente quando a maioria deles são trabalhadores, funcionários e estudantes pobres. Há pessoas que tomam todos os dias entre 3 e 4 ônibus para chegar em bairros ricos. Os brasileiros já estão conscientes dos seus direitos.
Por longo tempo, as pessoas não revindicavam seus direitos nas ruas, hoje elas pedem a anulação desse crescimento desordenado, que não acompanha o nível dos salários para poder desfrutar... Elas desafiam as despesas extraordinárias com a Copa do Mundo de 2014 em favor da FIFA e sua corrupta CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e seus líderes.
Brasil, com os 60 bilhões de dólares, poderíamos construir escolas, hospitais, melhorar o porto e infra-estrutura rodoviária em vez de seguir a política imposta pela FIFA, que nos custou uma fortuna.
É o momento para o povo brasileiro acordar e já não ser ferido e comprado por um saco de feijão, um saco de farinha de mandioca, em troca do voto eleitoral!
Lamartine Bião Oberg
Lamartine Bião Oberg
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