Num tempo irrefletido, percorrer as ruas sem pressa ou objetivo utilitário é resistência real. Nega o produzir sem cessar. Reivindica a cidade-espaço público. E reintroduz o pensar-olhar; o abrir-se ao mundo sem a mediação dos mercados OUTRAS PALAVRAS PÓS-CAPITALISMO por Carlos Madrid Publicado 24/11/2020 às 20:49 - Atualizado 27/11/2020 às 19:19 Por Carlos Madrid , em El Salto | Tradução: Antonio Martins | Imagem: Cristiano Mascaro No livro Alice no País das Maravilhas, há um momento em que o Gato Risonho dá um conselho a Alice para poder sair da toca: “Sempre chegarás a alguma parte se caminhas o suficiente”. É uma frase que podemos, os sobreviventes deste século XXI, recolher e retorcer, até tirar dela novos significados. Porque caminhar pode servir para chegar ao lugar desejado, mas também – um exercício que se abandona cada vez mais – para nos reconhecer no espaço que habitamos. Para pensar. Sobre esta segunda concepção, são muitos os pensadores e pensadores que dedicam
O caminho como meta