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MUNDO Empossado na Bolívia, Arce traz partido socialista de Evo Morales de volta ao poder

 


O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, assumiu a presidência da Bolívia neste domingo 8 em cerimônia realizada no Congresso bicameral de La Paz, depois de vencer as eleições gerais do mês passado.

 

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O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, assumiu a presidência da Bolívia neste domingo 8 em cerimônia realizada no Congresso bicameral de La Paz, depois de vencer as eleições gerais do mês passado.

 

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O vice-presidente aimará David Choquehuanca, que tomou posse pouco antes, foi o encarregado de tomar o juramento do novo presidente na presença dos novos parlamentares e convidados especiais como o rei Felipe VI da Espanha e os presidentes da Argentina, Colômbia e Paraguai.

Com a mão direita na altura do coração, o novo presidente respondeu: “Sim, eu juro”. Em seguida, ele e os demais participantes da cerimônia cantaram o hino nacional boliviano.

A posse de Arce, ex-ministro da Economia de Morales (2006-2019), marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo (MAS) após a renúncia do ex-presidente em junho de 2019 em meio a uma forte convulsão social.

Como herdeiro político de Morales, Arce venceu as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

 

O retorno de Morales

 

Morales, de 61 anos, retornará à Bolívia na segunda-feira (9), um ano depois de renunciar após perder o apoio das Forças Armadas em meio a protestos e denúncias de fraude eleitoral quando buscava um polêmico quarto mandato consecutivo.

O ex-presidente entrará em uma caravana pela fronteira com a Argentina e fará uma viagem de 1.100 quilômetros até o Trópico de Cochabamba, onde emergiu como o líder dos cocaleiros, em uma jornada que ameaça chamar a atenção nacional e internacional e ofuscar a agenda da Arce.

 

Boom econômico do passado

 

Arce venceu de forma esmagadora as eleições de 18 de outubro, que substituíram as eleições de 2019, que marcaram a queda de Morales após 14 anos no poder.

Durante a campanha, Arce ergueu a bandeira da bonança econômica do governo Morales (2006-2019), de quem foi ministro da Economia, numa época de alto crescimento do PIB e participação ativa do Estado na economia, além de redução da pobreza.

No entanto, o arquiteto do “milagre” econômico boliviano tem vários desafios pela frente, entre eles a reconciliação em um país polarizado, a reativação do aparato produtivo e provar que é ele quem controla o país – e não o seu mentor.

 

Desafios do presente

 

Outro grande desafio para o novo presidente é a recuperação da economia boliviana, duramente atingida pela pandemia do coronavírus.

Em junho passado, a economia boliviana apresentava uma taxa de crescimento de -11%, um déficit fiscal de 9%, altos níveis de endividamento, redução da arrecadação tributária e perda de reservas.

Nesse contexto adverso, Arce terá que demonstrar sua capacidade de fazer milagres novamente, mas será difícil para ele sem apoio político além do MAS.

Os analistas acreditam que, como prova de boa vontade, o MAS deveria anular a decisão do Parlamento cessante que modificou os regulamentos internos reduzindo o quórum para aprovar certas disposições.

Esta modificação de última hora visa garantir que o MAS continue controlando o Congresso boliviano, apesar de ter perdido sua maioria de dois terços.

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O vice-presidente aimará David Choquehuanca, que tomou posse pouco antes, foi o encarregado de tomar o juramento do novo presidente na presença dos novos parlamentares e convidados especiais como o rei Felipe VI da Espanha e os presidentes da Argentina, Colômbia e Paraguai.

Com a mão direita na altura do coração, o novo presidente respondeu: “Sim, eu juro”. Em seguida, ele e os demais participantes da cerimônia cantaram o hino nacional boliviano.

A posse de Arce, ex-ministro da Economia de Morales (2006-2019), marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo (MAS) após a renúncia do ex-presidente em junho de 2019 em meio a uma forte convulsão social.

Como herdeiro político de Morales, Arce venceu as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

 

O retorno de Morales

 

Morales, de 61 anos, retornará à Bolívia na segunda-feira (9), um ano depois de renunciar após perder o apoio das Forças Armadas em meio a protestos e denúncias de fraude eleitoral quando buscava um polêmico quarto mandato consecutivo.

O ex-presidente entrará em uma caravana pela fronteira com a Argentina e fará uma viagem de 1.100 quilômetros até o Trópico de Cochabamba, onde emergiu como o líder dos cocaleiros, em uma jornada que ameaça chamar a atenção nacional e internacional e ofuscar a agenda da Arce.

 

Boom econômico do passado

 

Arce venceu de forma esmagadora as eleições de 18 de outubro, que substituíram as eleições de 2019, que marcaram a queda de Morales após 14 anos no poder.

Durante a campanha, Arce ergueu a bandeira da bonança econômica do governo Morales (2006-2019), de quem foi ministro da Economia, numa época de alto crescimento do PIB e participação ativa do Estado na economia, além de redução da pobreza.

No entanto, o arquiteto do “milagre” econômico boliviano tem vários desafios pela frente, entre eles a reconciliação em um país polarizado, a reativação do aparato produtivo e provar que é ele quem controla o país – e não o seu mentor.

 

Desafios do presente

 

Outro grande desafio para o novo presidente é a recuperação da economia boliviana, duramente atingida pela pandemia do coronavírus.

Em junho passado, a economia boliviana apresentava uma taxa de crescimento de -11%, um déficit fiscal de 9%, altos níveis de endividamento, redução da arrecadação tributária e perda de reservas.

Nesse contexto adverso, Arce terá que demonstrar sua capacidade de fazer milagres novamente, mas será difícil para ele sem apoio político além do MAS.

Os analistas acreditam que, como prova de boa vontade, o MAS deveria anular a decisão do Parlamento cessante que modificou os regulamentos internos reduzindo o quórum para aprovar certas disposições.

Esta modificação de última hora visa garantir que o MAS continue controlando o Congresso boliviano, apesar de ter perdido sua maioria de dois terços.

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